PT SOLIDÁRIO E A FIRME OPOSIÇÃO AO (DES)GOVERNO BOLSONARO

O Brasil enfrenta seu pior momento da pandemia. Março foi o mês recordista de mortos por covid-19 (66,8 mil) e as curvas de contaminação e óbitos não param de crescer. Diante do colapso social iminente, precisamos de duas frentes:  um ataque direto ao desgoverno de Jair Bolsonaro e um ataque direto à fome. Ambos estão diretamente relacionados e exigem força máxima.  

No Congresso Nacional, onde o Partido dos Trabalhadores tem a maior e mais qualificada bancada de deputados e senadores, cabe ao PT chamar o povo à luta e empenhar todos os esforços pela aprovação de quatro pautas urgentes para combatermos a fome e salvarmos vidas:

– a volta do auxílio emergencial mínimo de R$ 600;

– disponibilização de vacinas;

– testagem em massa da população com RT-PCR e rastreamento;

– impedimento de demissões.

Usar toda a força do partido para aprovar tais medidas é parte importante da solidariedade que podemos ter com o povo neste momento grave.

O auxílio emergencial já não é pago há três meses. Em abril os pagamentos estão sendo reiniciados, com valores entre R$ 150 e R$ 375, insuficientes para a compra de alimentos – em São Paulo, por exemplo, a cesta básica custa R$ 639, segundo o Dieese. Vimos a fome aumentar desde a redução do auxílio de R$ 600 para R$ 300 em setembro e se agravar com a interrupção dos pagamentos em dezembro, isso em meio a sucessivas altas na cesta básica. O valor total proposto pelos parlamentares bolsonaristas para o pagamento do auxílio, R$ 44 bilhões, é irrisório frente aos R$ 300 bilhões gastos com ele em 2020. As votações na Câmara e no Senado não podem continuar normalmente enquanto não for aprovado o aumento do auxílio e cabe ao PT lançar mão de todos os mecanismos disponíveis para tornar esta pauta a prioridade do Congresso. Sem renda a população passa fome e isso é inaceitável!

A vacinação no Brasil se encontra atrasada, pois Bolsonaro aposta no quanto pior, melhor, e sabota a compra de vacinas.  O Ministério da Saúde tem novo ministro, mas a ineficiência continua e diariamente é reduzida a quantidade de imunizantes previstos para entrega. O Ministério das Relações Exteriores, não fez qualquer articulação para agilizar a importação de vacinas. Fundamental, portanto, que a bancada do PT lidere uma fiscalização implacável à gestão bolsonarista, principalmente nesses dois ministérios, talvez os mais importantes para o controle da pandemia em curso. Sem vacina, não podemos trabalhar!

Junto com a obtenção de vacinas, precisamos da testagem em massa e rastreio dos contaminados por coronavírus. Há um projeto de lei da bancada petista (PL 5.068) que propõe a testagem periódica da população, mas sem pressão da sociedade ele não será votado. Também é necessária a mobilização e articulação da bancada pela aprovação deste projeto. Sem testagem em massa, a contaminação continuará a crescer!

Além da falta de vacinas, testes e renda para que as pessoas possam se proteger do coronavírus, enfrentamos o aumento do desemprego. Conhecemos muito bem o desinteresse de Paulo Guedes e Bolsonaro com uma gestão econômica responsável e que priorize a classe trabalhadora. Cabe, mais uma vez, à bancada petista apresentar uma proposta de interrupção das demissões e trabalhar por sua aprovação no Congresso Nacional. Nenhuma demissão enquanto durar a pandemia!

É inaceitável que o Brasil viva em uma aparente normalidade diante do óbito, da fome e do aumento do desemprego de tantos compatriotas. A insatisfação social é crescente com o atual cenário e a história já nos mostrou diversas vezes que, em momentos de colapso social, o resultado dos levantes populares é imprevisível.

Nesta conjuntura, a missão do PT é canalizar essa revolta para uma oposição ainda mais intensa ao governo Bolsonaro e o Congresso Nacional é o principal local desta batalha, tanto para impedir atos tresloucados, tanto do presidente quanto de seus asseclas, quanto para aprovação de medidas que mitiguem a crise em curso.

Soma-se a esses esforços a proposta do PT solidário, que deve ter um grande empenho por parte inclusive e principalmente da nossa bancada e dos militantes para efetivar o combate à fome emergencial. Quem tem fome tem pressa.

Só o PT tem condições de liderar este processo. O PT Solidário é o PT que participa de campanhas de doação de alimentos e que esgota todos os seus recursos, capilaridade e capacidade de mobilização na liderança da luta popular e institucional contra a atual tentativa de completa destruição do Estado brasileiro.

Deixe um comentário